Eletroeletrônica e Semicondutores


O segmento eletroeletrônico do Rio Grande do Sul é um dos mais representativos do Brasil, tendo apresentado faturamento de R$ 7,1 bilhões em 2016 e gerado cerca de 27 mil empregos diretos1. Apesar da crise econômica brasileira desde 2013, setores como informática, sistemas eletrônicos prediais e telecomunicações vêm apresentando vigoroso crescimento no Rio Grande do Sul.

A indústria gaúcha do setor é bastante diversificada, englobando cerca de 250 empresas segmentadas em atividades como:

  • Automação industrial
  • Componentes elétricos e eletrônicos
  • Equipamentos industriais
  • Geração, transmissão e distribuição
  • Informática
  • Material elétrico de instalação
  • Serviço de manufatura em eletrônica
  • Sistemas eletroeletrônicos prediais
  • Telecomunicações
  • Utilidades domésticas

A maioria dos empreendimentos do setor é de micro e pequeno portes e está localizada em polos de desenvolvimento regional, como o eixo Porto Alegre-Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Serra Gaúcha, Pelotas, Santa Maria e Passo Fundo. A maior concentração de empresas se dá no segmento de automação industrial, que representa 33% do setor eletroeletrônico no Rio Grande do Sul, e é o maior parque do país. Essa representatividade motivou a organização de um Arranjo Produtivo Local (APL) voltado ao segmento de automação, reunindo mais de 80 empresas, instituições de ensino e entidades parceiras, contando com o apoio do Governo do Estado.

Nosso Estado é a sede, desde 2008, do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). Localizado em Porto Alegre, com investimento de R$ 500 milhões, o Ceitec destaca-se por ser o primeiro a produzir chips na América Latina, adquirindo uma função-chave para transformar a base da indústria brasileira. Vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ceitec tem por objetivo o desenvolvimento da indústria nacional de semicondutores, além de transmitir conhecimento tecnológico através da capacitação de recursos humanos.

 EletroeletrônicaOutras iniciativas empreendedoras também vêm se consolidando no RS, como a Santa Maria Design House (SMDH), organização ligada à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que elaborou projeto-piloto para desenvolvimento, fabricação e teste de circuito integrado dedicado para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e que segue avançando na concepção de circuitos integrados. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), localizada em Porto Alegre, está instalado o Centro de Formação de Projetistas, que oferece profissionais qualificados para a atividade de design, com mais de 200 projetistas formados pelo Programa CI Brasil.

Na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, encontra-se hoje o Instituto Tecnológico em Semicondutores, um centro de excelência para suporte empresarial e pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) em encapsulamento e teste de semicondutores, oferecendo serviço de treinamento, ensaio de confiabilidade, análise de falhas, projeto, prototipagem, teste, suporte a fornecedores e otimização de processos.

Também junto à Unisinos, na área do Parque Tecnológico Tecnosinos, encontra-se instalada a empresa HT Micron, joint-venture entre a sul-coreana Hana Micron e a brasileira Parit que tem como foco fornecer soluções locais em semicondutores para o Brasil. A HT Micron possui sede definitiva, com aproximadamente 10.000 m², com a possibilidade de produzir as mais avançadas tecnologias mundiais, como: Stacking, Hibrid e SIP/3D, dentre outras.

Oportunidades do Setor

  • Indústria de Semicondutores: Brasil é um grande importador de semicondutores. Considerando as capacidades já instaladas no Rio Grande do Sul e a mão de obra especializada, negócios neste setor podem ser oportunidades promissoras.
  • Empresas de Software Embarcado para Produtos, em especial no setor do Agronegócio.
  • Empresas de montagem de placas eletroeletrônicas.
  • Empresas de fabricação de iluminação LED: a demanda brasileira para a iluminação LED, tanto de uso doméstico e industrial quanto de iluminação pública, aumenta a cada ano. Em parceria com as empresas locais do Rio Grande do Sul, é possível estabelecer um modelo de negócio promissor para montagem de lâmpadas LED no Estado.
  • Empresas de design de produtos e empresas especializadas na comercialização de produtos e serviços de eletroeletrônica.

Oportunidades de parcerias entre empresas

Confira aqui as possibilidades de negócios no setor.

1 Fonte: Relatório ABINEE, 2017.

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