Petroquímica, Plásticos e Borrachas


O setor de Petroquímica, Plásticos e Borrachas está enraizado no Rio Grande do Sul e se destaca pela inovação constante no desenvolvimento e aprimoramento de produtos. No Brasil, o setor desenvolve-se a partir de meados do século passado, quando cresce a demanda interna por plástico, e em quatro segmentos:

  • A indústria de base, responsável pela produção dos petroquímicos básicos, considerados de primeira geração – eteno, propeno, butadieno, benzeno e estireno. Seus insumos principais são a nafta e o gás natural
  • Na sequência da cadeia, a indústria fabricante de resinas petroquímicas, produtos da segunda geração da cadeia, como polietilenos, polipropileno, poliestireno e elastômeros (borracha)
  • O segmento seguinte na cadeia, 3ª geração, integra as empresas transformadoras destas matérias-primas em material plástico e produtos de borracha. Enquanto a indústria petroquímica produz as matérias-primas para o restante da cadeia produtiva, a transformação do plástico e da borracha se caracteriza por sua infinidade de usos e por integrar a cadeia de valor de um grande número de setores produtivos
  • No final da cadeia, encontra-se a reciclagem de produtos plásticos. Este segmento cresce no país e no Estado

Mais recentemente, inovações na indústria química permitiram o desenvolvimento de plásticos verdes, produzidos a partir de vegetais, cana-de-açúcar, milho, beterraba e outros, gerando etanol (1ª geração) ou resinas termoplásticas biodegradáveis (2ª geração).

 Planta UNIB, em Triunfo (RS)No Brasil, são quatro os principais polos petroquímicos brasileiros, que integram plantas de primeira e segunda geração. Um deles localiza-se no Rio Grande do Sul. O Polo Petroquímico de Triunfo, inaugurado em 1982, tem capacidade produtiva de 1,4 milhão de toneladas/ano. Possui três centros de inovação que se destacam na América Latina. O primeiro, Centro de Inovação & Tecnologia, é formado por 18 laboratórios e seis plantas pilotos (Braskem). Este centro, entre outras inovações, possibilitou o desenvolvimento da primeira planta de polietileno verde produzido a partir da cana-de-açúcar no mundo. O Centro de Tecnologia em Estirênicos (CTE) integra quatro laboratórios de inovação e aprimoramento de resinas (Innova). E o terceiro centro de pesquisas, Polo Films, é formado por um laboratório de ensaios físicos e químicos com foco em qualidade, novas aplicações e desenvolvimento de filmes de polipropileno biorientado (CofipRS).

O Rio Grande do Sul, no setor de petroquímica, plásticos e borrachas, é líder em inovação e possui um dos maiores parques industriais do país. Para tanto, o setor pode contar com pesquisadores e profissionais cada vez mais preparados, formados pela rede de universidades, institutos e escolas técnicas presentes no Estado. Destaca-se, no município de São Leopoldo, a presença do Centro de Transformação de Polímeros (Cetepo), que desenvolve projetos de pesquisa aplicada, inovação e presta serviços metrológicos e de consultorias tecnológicas para o setor.

O setor de borrachas e materiais plásticos (3ª geração) empregou em 2016, no Brasil, 412.431 trabalhadores, sendo 35.159 no Rio Grande do Sul. Neste segmento, o Estado é 2º no ranking de número de empresas (1.288), respondendo por 11,1% dos estabelecimentos brasileiros produtores de borrachas e materiais plásticos (MTE). O setor responde por 2,3% do valor adicionado da indústria de transformação brasileira e por 3,1% da indústria de transformação do Rio Grande do Sul (CNI).

O Brasil possui 2,3% da produção mundial de resinas termoplásticas, ocupando a 8ª posição no ranking mundial. E o Rio Grande do Sul ocupa o 2º lugar no ranking de produtores entre os Estados brasileiros.

 Indústria petroquímicaO setor de transformação de plásticos está distribuído em 14 Estados brasileiros, integrado por 11,4 mil empresas com faturamento de R$ 65,2 bilhões. Neste cenário, o Rio Grande do Sul concentra 1,2 mil empresas, ocupando a 2ª posição no país. Com 258 empresas, o município de Caxias do Sul é o 2º município brasileiro com maior número de empresas (Abiplast). Ainda sobre esse setor, as empresas no Estado são de porte médio e pequeno e apresentam uma diversidade de produtos: componentes das indústrias automotiva, moveleira, da construção civil, de refrigeração, de calçados, entre outras; embalagens; reciclados; utensílios domésticos; materiais para isolamento térmico e acústico etc.

Conforme o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi), o mercado principal para os produtos fabricados pelas empresas vinculadas ao setor é o mercado interno, já consolidado.

Em relação às máquinas, equipamentos e indústria de matrizes e moldes para plásticos, o Estado, ao lado de São Paulo e Santa Catarina, dispõe da maior concentração de empresas, com destaque ao município de Caxias do Sul (Sebrae).

O segmento fabricação de artefatos de borracha emprega, no Brasil, 87,4 mil pessoas, sendo que o Rio Grande do Sul contribui com 8,87% ou 7,7 mil empregos, posicionando-se em 2º lugar entre as unidades da federação.

O setor de borrachas no Rio Grande do Sul é bastante diversificado, com produtos atendendo à indústria e ao mercado de varejo. Fornece para várias cadeias produtivas, com destaque à automotiva. No Rio Grande do Sul, estão localizadas grandes indústrias produtoras de pneumáticos, peças para os setores de máquinas e equipamentos agrícolas e veículos automotores, perfis e peças de borrachas para segmentos diversos da indústria.

O segmento de reciclados, que gera produtos de 4ª geração, é responsável pelo emprego de 9,6 mil pessoas, distribuídas em 1 mil empresas, concentradas em sua maioria nas regiões Sudeste e Sul do país. O Rio Grande do Sul, 4ª posição entre os Estados brasileiros, possui 110 empresas de reciclagem, que empregam 815 pessoas. Em 2014, foram reciclados no país 615 toneladas de resíduos plásticos. Estima-se que, para cada tonelada de material plástico reciclado em um mês, ocorre a geração de 3,16 postos de trabalho para catadores e separadores, 1,1 tonelada a menos de resíduos plásticos destinados a aterros urbanos, redução de 1,53 toneladas de gases de efeito estufa e economia de 75% de energia (Abiplast).

Oportunidades do Setor

  •  Indústria petroquímicaDesenvolvimento de novos produtos
  • Substituição de materiais nos setores automotivo, construção e embalagens
  • Setor moveleiro
  • Setor de embalagens, particularmente embalagens flexíveis
  • Setor de máquinas e equipamentos agrícolas
  • Moldes
  • Componentes automotivos
  • Reciclagem

Oportunidades de parcerias entre empresas

Confira aqui as possibilidades de negócios no setor.

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