Candiota terá primeira usina de biogás da região

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02/03/2017  às  16h14min

Com a licença de instalação emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), a empresa Meioeste Ambiental Ltda. se prepara para erguer a primeira usina de biogás da região. A estrutura será construída em Candiota, junto ao aterro sanitário que funciona há cinco anos no município. A intenção é colocar a unidade em operação ainda em 2017.
O gerente do projeto, Pietro Bosco, trabalha há 23 anos com a tecnologia do biogás. Ele afirma que o sistema representa uma das formas de energia mais limpas, já que reutiliza os resíduos que não teriam mais serventia (lixo urbano doméstico). “Neste tipo de usina, reaproveitamos o gás metano que já existe no aterro, que é extremamente poluente, e o usamos para obter energia”, explica.

Investimento

A empresa deve investir R$ 10 milhões no projeto. A previsão é de que a obra tenha início ainda neste mês. A construção deve durar de seis meses a um ano. “Não temos como precisar quando vai ser finalizada, porque todo equipamento é importado e dependemos da chegada desse material”, adianta Bosco.
Potência
Quando em funcionamento, a usina deve gerar 1,4 megawatts (MW) no início. Depois, a potência deve aumentar para 2,8 MW. A energia será interligada ao sistema nacional. Para construir a unidade, será necessária uma equipe de 20 pessoas. Já para operá-la, serão necessárias apenas cinco. “É uma usina simples. A parte mais complicada é a construção mesmo”, adianta o gerente.

Funcionamento

O biogás é o gás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica (resíduos orgânicos) por bactérias. Na geração de energia do biogás, ocorre a conversão da energia química do gás em energia mecânica por meio de um processo controlado de combustão; essa energia mecânica ativa um gerador que produz energia elétrica. O biogás também pode ser usado em caldeiras por meio da queima direta para a cogeração de energia.
A usina utiliza, basicamente, o metano (extraído por meio de um sistema de sucção) proveniente da decomposição dos resíduos que, em vez de ser queimado e lançado na atmosfera, é aproveitado para produção de energia. O processo reduz a emissão de CO², contribuindo para a redução de gases do efeito estufa. A tecnologia já é utilizada no Rio Grande do Sul. A primeira unidade do gênero, em solo gaúcho, foi inaugurada em 2015, no município de Minas do Leão.

Fonte: Jornal Minuano