Lances da Bacia de Pelotas partem de R$ 8,6 mi
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09/08/2017 às 17h34minA Bacia de Pelotas (que compreende em torno de 210 mil quilômetros quadrados e se estende do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, abrangendo toda a costa gaúcha) terá seis blocos ofertados na 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O evento está previsto para ocorrer no dia 27 de setembro. Os bônus mínimos para arrematar cada um desses blocos variam de valores que vão de R$ 8,6 milhões a R$ 11,2 milhões.
Caso haja interessados e um empreendedor vença uma eventual disputa, terá o direito de realizar pesquisas e explorar, se encontrar, petróleo ou gás na área. Porém, a Bacia de Pelotas é classificada como Nova Fronteira, ou seja, tem pontos poucos conhecidos geologicamente e barreiras tecnológicas ou do conhecimento a serem vencidas.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, recorda que a bacia gaúcha já teve 25 poços perfurados, mas, até agora, não foram encontrados petróleo ou gás. O dirigente acrescenta que a indústria do petróleo no Brasil passa por um momento difícil, com as reduções dos investimentos da Petrobras e do preço do petróleo.
“Mas estamos confiantes que a retomada dos leilões vai gerar interesse”, afirma. Os blocos da Bacia de Pelotas situam-se bem ao sul do Estado e somam cerca de 15,3 mil quilômetros quadrados. Oddone diz que a meta é atrair investidores para conhecer a potencialidade da área e de outros campos espalhados pelo Brasil. Para incentivar as empresas, o dirigente adianta que foi tomada a iniciativa de reduzir os royalties cobrados. Ao todo, na 14ª Rodada de Licitações, serão ofertados 287 blocos, em 29 setores, de nove bacias sedimentares, totalizando uma área superior a 122 mil quilômetros quadrados.
A vez mais recente que a Bacia de Pelotas teve blocos ofertados em uma licitação foi em 2015, mas não motivou lances. A Petrobras foi a última companhia a arrematar áreas na região, no entanto, ainda não fez qualquer perfuração nos blocos conquistados.
Sobre uma possível cobrança para que a Petrobras tome essa medida, Oddone recorda que a estatal ainda não conseguiu a licença ambiental para fazer essa operação. Sendo assim, o retardo no licenciamento permite que o prazo para atender a essa demanda seja alongado.
Porém, outro fato que faz com que a estatal não tenha pressa em fazer a perfuração é o alto custo envolvido no processo (cerca de US$ 100 milhões). Ontem, o diretor da ANP esteve em Porto Alegre, onde teve reuniões com o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, e com o governador José Ivo Sartori.
Fonte: Jornal do Comércio