Mesmo com parcerias atrasadas na Saúde, governo lança outra rodada

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01/02/2017  às  16h25min

Das 86 PDPs (parcerias entre governo e farmacêuticas para fabricar itens estratégicos para o SUS) vigentes, duas foram totalmente concluídas, afirma Marco Fireman, secretário responsável pela área no Ministério da Saúde.
A pasta iniciou um pente-fino nos projetos atrasados. "Na última semana, dois foram extintos." Entre os que estão em fase inicial de implementação, há parcerias aprovadas faz mais de sete anos.
Apesar dos atrasos, o governo publicou na semana passada uma lista de 52 produtos que poderão ser alvo de novas PDPs —volume visto como excessivo pela Interfarma, do setor farmacêutico.
"Ficamos surpresos, pois o governo havia dito que seria mais seletivo na escolha", afirma o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto.
A lista, porém, é preliminar, e apenas uma parte se converterá em parcerias, diz o secretário. "Além disso, os novos contratos serão mais claros quanto a prazos e à responsabilidade por atrasos."
O maior gargalo para as PDPs é a falta de estrutura dos laboratórios públicos, avalia Reginaldo Arcuri, presidente da FarmaBrasil (que reúne empresas nacionais). "Não há recursos para manter os processos mais complexos."
No caso dos medicamentos biológicos, o ministério limitou a três as instituições que receberão a tecnologia.
A falta de capacidade não é um problema, diz Fireman. "O governo precisa da tecnologia para regular preços e se precaver caso o setor privado perca interesse na produção."

Fonte: Folha de S.Paulo