Missão da Renânia chegará em novembro ao Rio Grande do Sul

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19/10/2016  às  16h49min

Logo depois de retornar ao Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori, que cumpre missão na Europa, começa a preparação para receber um grupo de empresas e setores governamentais e instituições da Renânia Palatinado, um dos estados mais ricos da Alemanha. Em encontro ontem com Sartori em Mainz, cidade com mais de 200 mil habitantes e a 44 quilômetros de Frankfurt, a secretária de Economia, Agricultura, Transportes e Vitivinicultura da Renânia, Daniela Schmitt, mostrou expectativa e interesse em estreitar a cooperação. A secretária citou que, desde 2009, há maior contato com segmentos acadêmicos e empresas do Estado e que poderão ser aprofundadas as análises sobre possíveis áreas de interesse para a integração e troca de experiências.

A missão em novembro é preparada pelo consulado alemão em Porto Alegre. Daniela destacou os setores de desenvolvimento de tecnologia como vitrine em áreas como setor agrícola, vinhos e nanotecnologia. Sartori se animou, sabendo da tradição e especialização local em vitivinicultura, e propôs como primeira ação estudos para montar um cluster supranacional – entre a cadeia de uva e vinho da anfitriã alemã e, claro, da gaúcha. “O Rio Grande do Sul responde por mais de 60% da produção, e somos sede do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Podemos fazer também com a Argentina, mas antes com vocês”, priorizou o chefe de governo. No terceiro dia da missão à Europa, o governo interagiu com interlocutores de uma região que aplica um dos mantras da indústria do século XXI, que é a aplicação da tecnologia da informação em todos os processos.

A indústria 4.0 é vitrine. A própria ministra comentou que, na área de produção de vinhos, busca-se equilibrar a potência da inovação em controles e processos e a tradição. Hoje, a comitiva tem encontros na região de Stuttgart, uma das potências industriais do país. “Na missão no Brasil será possível começar a encaminhar protocolos de intenções para viabilizar melhor entendimento, visto que o Estado é um dos maiores produtores de vinho. Temos semelhança com a região”, destacou o governador, que vê ainda mais possibilidades na interação com a área de pesquisa. Sartori avalia que é possível com trabalho de curto prazo ter unidade entre as instituições gaúchas semelhante ao Instituto Fraunhofer Microtécnica. Sartori lembrou que o Estado tem participação importante na indústria nacional do setor metalmecânico – segundo polo da América Latina.

“Quem sabe não possamos ter grandes parcerias entre os setores industriais.” Ele lembrou ainda que a fabricação de máquinas agrícolas gaúcha responde por 90% do setor brasileiro. O secretário gaúcho de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, avalia que a missão em novembro vai acelerar o intercâmbio de interesse e aproximar em conhecimento, metodologias e cases de sucesso. “Principalmente na organização do sistema de desenvolvimento e clusters”, objetivou Branco. O nível de tecnologia de centros de pesquisa e conhecimento da indústria 4.0 foi elogiado e apontado como exemplo.

Fonte: Jornal do Comércio