Sulgás levanta demanda para levar gás natural a Gramado e Canela
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23/01/2019 às 15h36minUm antigo namoro entre Sulgás e os municípios de Gramado e Canela pode, em breve, resultar em casamento. A distribuidora planeja finalizar neste mês um levantamento de mercado com hotéis, pousadas, motéis, bares, restaurantes e indústrias nessas cidades para identificar onde estão as maiores demandas por gás natural. A consulta está sendo realizada pela empresa Qualitest - Inteligência em Pesquisa, ouvindo gestores dos estabelecimentos em entrevistas por telefone ou presencialmente.
O coordenador técnico de Marketing da Sulgás, Guilherme Cabral, argumenta que o gás natural seria utilizado, fundamentalmente, como energia térmica para calefação e aquecimento de água, por exemplo. O integrante da concessionária comenta que ser for detectado um mercado ávido pelo gás, o fornecimento na região poderá ser antecipado. Nesse caso, a estatal levaria o produto para Gramado e Canela através de gás natural comprimido (GNC), que é transportado por caminhões, em cilindros.
Essa solução prevê a implantação de uma rede de ramais locais, desconectada, em um primeiro momento, do tronco do gasoduto principal. A estrutura independente poderia ser implementada a partir de 2020, iniciando o abastecimento de gás. Posteriormente, quando o gasoduto chegar nas cidades da região das Hortênsias, o GNC será substituído pelo gás que virá por esse duto. Se a demanda em Gramado e em Canela não for tão atraente, a ideia, detalha Cabral, é esperar o gasoduto alcançar os municípios, o que deve ocorrer entre 2021 e 2022.
Atualmente, o duto chega até Igrejinha e está sendo construída uma extensão até Três Coroas, que deve ser finalizada ainda neste ano. Uma empresa que manifestou o interesse pelo gás natural é a canelense Dauper, fabricante de biscoitos. Cabral informa que a companhia já contratou o produto, que deverá ser fornecido em 2019 ainda, através de GNC, diretamente na planta (sem necessidade de gasoduto).
A intenção da Sulgás era ter iniciado o fornecimento de gás natural na região no ano passado. No entanto, afirma o coordenador técnico de Marketing da distribuidora, a expectativa era que o setor hoteleiro ancorasse o consumo do produto e, na ocasião, esse segmento acabou não fazendo as contratações esperadas. Por isso, reforça Cabral, é muito importante que o meio empresarial responda ao questionamento para a concessionária implementar seu planejamento.
Fonte: Jornal do Comércio